Rob Hemphill, Frank Ferrana (também conhecido como Nikki Sixx), e amigos na frente da Roosevelt High Scholl, Seattle.
PARTE 2
>> BORN TOO LOOSE <<
(Nascido frouxo demais)
Capítulo 1
Nikki
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As tentativas e o trabalho do jovem Nikki, no qual nosso herói era barbaramente espancado por escovar os dentes em uma má-aconselhada direção, aprendendo o melhor jeito de matar um coelho, utilizando uma lancheira em autodefesa, segurando mãos com a doce Sarah Hopper, e vendendo crack.
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Eu tinha catorze anos quando minha mãe foi detida.
Ela estava furiosa comigo ou algo assim – ficar fora até tarde, não fazer tarefa, ouvir música muito alto, estar vestido como um mendigo, eu não consigo lembrar – e eu não pude fazer mais isso. Eu esmaguei meu baixo na parede, joguei meu estéreo pelo quarto, arranquei meus pôsteres do MC5 e Blue Cheer da parede e chutei fazendo um buraco na TV branca e preta do andar de baixo após surrar a porta da frente. Lá fora eu lancei sistematicamente uma pedra contra todas as janelas na casa.
Mas esse era apenas o começo. Eu estava planejando o que viria depois de um tempo. Eu corri para uma casa próxima cheio de drogas que eu gostava de usar para ficar drogado e pedir por uma faca. Alguém me arremessou um estilete. Eu arranquei a lâmina, estendi meu pulso do braço esquerdo e enterrei a faca na direção do cotovelo, deslizando pra baixo por quatro polegadas e fundo o suficiente para que desse pra ver o osso. Eu não senti nada. Na verdade, eu pensava que aquilo tinha ficado bem legal.
Depois eu liguei para polícia e disse que minha mãe tinha me atacado.
Eu queria que eles a prendessem assim eu poderia viver sozinho. Mas meu plano fracassou: a polícia disse que se um menor vivesse em sua custódia, eu passaria a ser acusado, e eles teriam que me colocar em uma creche até eu completar meus dezoito anos. Isso significa que eu não era capaz de tocar minha guitarra por quatro anos. E se eu não poderia tocar minha guitarra por quatro anos, isso significava que eu nunca faria aquilo. E eu estava prestes a fazer aquilo. Não havia dúvida diante disso – pelo menos na minha mente.
Então eu me esclareci com a minha mãe. Eu disse pra ela que como eu não podia processá-la, se ela ia embora, me deixaria sozinho, me deixar ser eu mesmo. “Você não está aqui por minha causa”, eu disse pra ela, “Então me deixe ir”. E ela deixou.
Eu nunca voltei. Esse foi um fim vencido e não pago para uma busca de fuga e independência que tinha sido há muito tempo atrás colocado
Eu nasci dia 11 de dezembro de 1958, às 7:11 da manhã,
Ela queria colocar meu nome de Michael ou Russell, mas antes ela pediu pra enfermeira perguntar pro meu pai, Frank Carlton Feranna – que estava apenas um tempo longe de abandonar ela e eu pelo nosso bem – o que eu deveria chamar. Ele traiu minha mãe naquele mesmo lugar e me nomeou Frank Feranna, depois dele. E foi isso que eles escreveram na certidão de nascimento. Desde o primeiro dia, minha vida era uma grande merda. Àquele ponto, eu deveria engatinhar implorando para os meus “fabricantes”, “Podemos recomeçar? ’’.
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