27 de abr. de 2010

(continuação 3) Capítulo 1 - Tommy

Enquanto eu escrevo aqui, com meu pai deitado no leito de morte, eu não sei como eu posso agradecê-lo. Eu estou observando ele morrer lentamente – ele provavelmente deixou um ano para trás – e quando ele olha pra mim, lágrimas borbulham de seus olhos. Eu quando eu olho pra ele – esse homem que não fez nada, mas me apoiou – eu não posso ajudar, mas chorar. Após me comprar esse tambor, ele confiou para mim para que eu pudesse comprar o resto da bateria sozinho. Ele me disse, “Eu não irei comprar isso para você porque você não irá dar valor nisso. Mas eu irei te ajudar e confiar para isso, então, se você estragar ou perder seus pagamentos, eu pegarei de volta.” Então ele me ajudou a construir um cômodo do caralho na garagem com isolamento, carpete, uma porta, com dupla parede de madeira, e à prova de som feita por caixas de ovos. Meus pais poderiam estacionar seus carros na entrada da garagem e eu poderia ter um quarto de ensaio à prova de som. E, então, quando eu tava preparado para meu primeiro carro, meu pai confiou de novo e fez um empréstimo. Ele nunca andou uma milha por mim, mas se eu caísse enquanto eu andava, ele me levantaria.

Agora que eu tinha meu próprio quarto de ensaio, toda criança na escola que já tinha tocado ou visto uma guitarra queria vir e tocar pra caralho, que normalmente significava tocar músicas do Led Zeppelin várias e várias vezes. Não eram muitos pais que deixavam seus filhos fazerem isso na suas casas. Meus velhos apenas impunham que não tinha música depois das 10 horas da noite, e eu respeitava. Por um tempo, pelo menos.

Música era a única coisa que eu considerava na escola: minha matéria favorita era música e design gráfico, onde eu fazia camisetas de rock n’ roll com meus amigos. Eu também gostava de vôlei. E isso não tinha nada a ver com música, mas tudo a ver com o rock n’ roll, se você entende o que eu digo.

Todo dia eu ia para minhas três aulas favoritas, daí faltava das outras aulas e tocava minha bateria a tarde toda enquanto meus pais estavam trabalhando. Antes que minha mãe chegasse em casa, eu dava uma volta, matava o tempo, e depois disso voltava como se eu tivesse voltado da escola. Esse era um bom plano até eu começar ir mal na oitava série.

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