13 de jul. de 2011

Capítulo 1 - Mick (continuação 5)


Nikki: Eu penso que de alguma forma essa banda é repleta de disfunção. Nós somos cheios de andar para a beira da insanidade e desmoronar. Nós somos cheios de brigas. Nós somos cheios de drogas e overdoses. Nós somos cheios de ouvir que alguma coisa deu errado com outro membro da banda e a partir daí ele é o cara mau. Eu não sei se as outras bandas são assim.

Vince: Nós vestimos uma boneca para se parecer com o Wendy O. Williams dos Plasmatics, e durante o show eu cortei a cabeça dela fora com uma serra elétrica. Esse show foi na Pasadena Civic Center, antes de nós termos assinado com uma gravadora, e o equipamento, a pirofagia, as freiras sangrando na bateria, e todo o suporte deixou o nosso primeiro empresário sem dois mil dólares. Ele acabou ficando falido e quase louco pagando pelos nossos shows, nossa casa, e o aluguel de carros que nós amávamos destruir.

Mick: Não importa o que, eu sempre vou me sentir mais velhos do que os outros caras da banda. Quando eles disseram, "Deus, eu estou ficando cansado," na turnê do Feelgood, eu disse, "Agora vocês sabem como eu me senti na nossa primeira turnê." Mas, honestamente, eu não consigo pensar em uma coisa melhor para eu estar fazendo a não ser tocar, a não ser ir ao posto de gasolina e comprar cigarros.

Tommy: Eu criei esse puto monstro com a bateria. Todos mundo está sempre perguntando, "O que vem agora? Você se inclinou, você virou de ponta cabeça." E eu sempre me perguntava, "Merda, o que vem agora?" Daí, veio a mim: a próxima coisa fudida vai ser voar por cima da multidão na turê do Feelgood. Então, o que virá depois disso? Auto combustão? Eu não sei.

Tommy: A próxima vez que eu encontrar uma garota, eu irei pedir para sair com a sua mãe na mesma hora. Porque Heather Locklear, na primeira foto; Pamela Anderson na debaixo; e toda merda de garota que eu já tive algum tipo de relacionamento, eram todas iguais a sua mãe. Eu não consigo acreditar nisso, mas está sendo provado cada vez mais para mim.

Vince: Heidi foi a única mulher que eu conheci que conseguia ser um dos garotos, colocando dinheiro no fio dental das strippers, e fumando charuto com Mel Gibson no nosso último encontro antes de nos casarmos. Eu pedi para o Nikki se comportar no nosso casamento. Depois disso, Heidi e eu voltamos para nossa casa em Beverly Hills e adotamos dois pastores alemão que adoravam morder o Nikki.

Nikki: Eu levei minha esposa, Donna D'Errico, para um show em Austin, Texas, e ela vestiu essa blusa muito louca que dava pra ver tudo. Ninguém conseguia falar com ela, porque os deixavam nervosos. Eu vivia pedindo para ela ir falar com os membros de outras bandas só para ver eles se contorcerem.

12 de jul. de 2011

Capítulo 1 - Mick (continuação 4)

Tommy: Esse é o Mötley Crüe limpo, maus e secos pra caralho no Japão na turnê do Dr. Feelgood. A turnê inteira foi muito longa, nós estávamos prontos para um matar o outro no fim. Nós cortamos cerca de oito músicas do nosso último show, e antes do som dos pratos acabarem, nós já estavamos em um avião pra Los Angeles.

Vince: Estávamos todos drogados pra caralho em Estocolmo na turnê do Monsters of Rock em 1984, e eu não sei porque, mas nós estávamos com uma mania de mordermos uns aos outros. Nikki e eu mordemos a mão do Eddie Van Halen. Ele ainda conseguia tocar, mas ele estava puto. Mais tarde daquela noite, eu lembro de ver Nikki, parado no seu salto alto, levantando Malcolm Young do AC/DC pela garganta na parede do camarim .

Vince: Esse poderia ter sido qualquer dia na vida do Mötley Crüe. Nós tínhamos jatos, carretas, ônibus, helicópteros, e uma enorme equipe. Era um circo do rock n' roll com uma audiência insana. Nós estávamos primeiramente em Connecticut e eu tinha toda aquela manta em volta do meu pescoço. Eu me abaixei demais e aquelas garotas começaram a puxá-la até elas me derrubarem no meio do público. Nessa hora, os seguranças subiram no palco, e eu estava totalmente pelado se não fosse pelas minhas botas. Eu segurei meu pinto e sai correndo do palco.

Nikki: Eu tinha escrito uma música sobre criticar as pessoas sem conhecer para o nosso álbum de 1984. Então nós tínhamos enormes suástica, que era usada como símbolos de paz em outras culturas, rodando na lateral do palco e eu dizia as pessoas para não julgar um livro pela capa. Ao mesmo tempo, eu estava tentando zoar com a mídia. Mas eles nos julgavam pela capa de qualquer jeito. Nossa gravadora destruiu quinhentas cópias do livreto do nosso álbum quando eles viram essa foto lá. Daí, eles editaram a foto para esconder a regalia da S.S.