14 de jun. de 2010

(continuação 3) Capítulo 5 - Nikki

Tinha uma garota sem lar que estava instalada na Sunset: ela era jovem, louca, e sempre usava uma fantasia da Cinderella. Uma noite, nós a pegamos e a trouxemos pra casa pra que Tommy pudesse tentar dormir com ela. Enquanto ele estava na cama com ela, nós roubamos sua fantasia. Depois de ela sair de casa em prantos com a roupa do Tommy pendurada nela, nós nunca a vimos na rua de novo.

Uma vez que tínhamos pegados a roupa de uma sem lar, não tinham tabus. Eu até tentei foder a mãe do Tommy, mas falhei miseravelmente; quando o pai do Tommy ficou sabendo, ele me disse, “Se você conseguir entrar aqui, você poderá ter isso.” Após isso, eu comecei a namorar uma modelo alemã ou pelo menos uma alemã magrela que me disse que era modelo. Ela tinha fotos com os caras do Queen, então eu estava impressionado. O seu vizinho do andar de cima, Fred, me ensinou um jeito de inalar drogas segurando uma chama embaixo de uma colher de metal cheia de cocaína, e isso perturbava a garota alemã que nós a apelidamos Himmler. Toda semana Himmler vinha pra casa e a gente comemorava com quartas-feiras nazistas. A gente andava por ai com uma tarja em volta do braço, marchando e fazíamos Sieg Heil ("Salve a Vitória"). Em vez de matar as baratas na parede espirrando spray de cabelo, nós as juntávamos e queimávamos junto com seus compatriotas no forno. Quando eles morriam, eles se levantavam com suas pernas de trás e se inclinavam para o lado enquanto nós gritávamos com eles em falso-alemão.

“Hey,” ela berrava, do fundo, som gutural, “Izo no é engarçado. Milhões de pessoas morrem nesses fornos.”

Depois de a gente terminar, eu comecei a namorar uma groupie com uma cintura estreita, com um corte de cabelo da Sheena Easton, e olhos do caralho. Seu nome era Stephanie, seus pais tinham um luxuoso hotel, e ela era esperta o suficiente para saber que o jeito mais rápido para ganhar nossos corações era trazendo drogas e comidas. Eu a conheci na Starwood quando ela estava perto dos caras do Ratt. Eu amava namorá-la: nós íamos para o apartamento dela e cheirávamos e aplicávamos, e daí eu começava foder ela, que era bom, pois eu não tinha dinheiro nenhum para comprar cocaína e heroína e eu não conseguia transar comigo mesmo. (Embora eu tenha conseguido me foder com essa história.) Ela não me deixava fazer nada: em um dos nossos primeiros encontros, ela me levou pra jantar e eu enfiei uma garrafa de vinho nela por debaixo da mesa.

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