18 de jul. de 2010

(continuação) Capítulo 4 - Nikki

Nós estávamos experimentando magia negra, lendo todos os tipos de livros enfeitiçados ou livros ocultos espessos que achássemos, e gravávamos invocações como “Deus Abençoe o Filho da Besta,” qual é atualmente inspirado na introdução do álbum Diamond Dogs do David Bowie. E, talvez nós estivéssemos imaginando isso, mas nós estávamos começando a atrair alguma coisa ruim.

Eu tinha idéias para o álbum e a turnê que tínhamos que fazer com a psicológica massa de coisas ruins por trás do nazismo e com os livros de satanismo do Anton LaVey, o que era mais uma filosofia pessoal com um título chocante do que uma atual religião. Eu tinha grandes idéias de criar uma turnê que parecesse como uma passagem entre o nazismo e a igreja negra, com símbolos do Mötley Crüe ao invés de suásticas por todos os lugares. Eu sinceramente acreditava que Ronald Wilson Reagan, desde que cada nome dele tinha seis letras – 666 – era o Anticristo. Falava na bíblia que o Anticristo teria a voz de um leão para ser ouvida através das nações. Eu disse para todo mundo que ele podia ser baleado no coração e se recuperar rapidamente do que qualquer homem poderia, e ele podia. Ele era o demônio que eu queria que todas as pessoas gritassem. Eu estava sendo levado para longe. Daí, enquanto estava dirigindo para casa da sessão satânica de “I Will Survive”, o carro do Tommy explodiu. Vince continuava apagando em seu carro. E objetos levitavam e voavam na minha casa e da Lita. Nós estávamos começando a ficar assustados. E daí eu tive meu acidente.

Eu tinha comprado meu primeiro carro de verdade, um Porshe, depois de ter feito um acordo público com a Warner/Chappell. Era o meu orgulho e meu contentamento. Tommy e eu dirigíamos pela Sunset Boulevard com o pedal no chão às 2 da manhã, bebendo vários Jack. Nós não sabíamos o quanto estúpido beber dirigindo era até um ano depois. Até os tiras, quando eles nos pegavam acima da velocidade, eles nos faziam jogar fora nossas bebidas e nos deixavam ir. E nós não pensávamos que tínhamos sorte no fim: nós estávamos irritados porque era tarde demais para comprar mais álcool.

Depois de uns meses dando mais atenção para esse carro do que eu jamais dei para uma garota, eu fui a uma festa do Roy Thomas Baker. Todos nós cheiramos algumas fileiras no seu piano de vidro, daí tiramos todas nossas roupas e pulamos na Jacuzzi. Lá tinha uns quinze de nós socados lá dentro, incluindo Tommy. Ele tinha finalmente dado o fora na Bullwinkle e estava namorando uma garota que queria ser modelo da Florida chamada Honey. De repente, Tommy teve uma enorme ereção, virado para Honey e ordenou “Ok, vadia, chupa meu pau.” Ela se curvou e começou chupá-lo na frente de todo mundo. Quando ela terminou, ele a fez fazer isso de novo. Ela voltou para o trabalho, mas dessa vez estava demorando muito para Tommy e ele começou a ficar irritado. Ele começou a repreendê-la por não estar fazendo um bom trabalho, falando pra ela que ela não sabia a merda que estava fazendo. Finalmente, ela fez certo, engolindo para não contaminar a piscina com o filho-não-nascido de Tommy. Cinco minutos depois, Tommy a colocou para trabalhar de novo.

Eu acho que muitos amigos do RTB conquistaram um recém-descoberto respeito por Tommy naquela noite: ele não apenas construiu um arranha-céu, não apenas teve um orgasmo sem fim, mas quando ele teve, ele compartilhou. Ele olhou para o círculo de pessoas na Jacuzzi em choque e espantados, e ordenou que Honey trabalhasse do jeito dela pela banheira, chupando todo mundo. Foi difícil ter essa imagem fora da minha cabeça quando eu sentei em volta da mesa de jantar com o casal feliz e os pais de Tommy em West Covina uns meses depois. Ela não era o tipo de garota que você gostaria de levar pra casa com a sua mãe, a menos que você esteja no Bunny Ranch.

Eu deixei passar a oferta de Tommy, não por falta de respeito a ele, mas porque eu estava puto demais pra voltar. De fato, eu decidi que eu queria deixar a festa completamente. Eu estava drogado, confuso, e queria ver Lita. O problema era que RTB tinha as portas trancadas e bloqueadas, como normal, para ter certeza que ninguém iria embora fodido demais para poder dirigir. Para piorar a situação, eu não tinha idéia de onde tinha colocado minhas roupas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário