17 de jul. de 2010

Capítulo 4 - Nikki

Capítulo 4

Nikki

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Das estranhas, improváveis, e geralmente repugnantes aventuras que colocaram nossos heróis em uma jornada com o menestrel Ozzy Osbourne e sua prazerosa cônjuge, Sharon.

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Era o começo do fim até o ponto que a diversão começou a preocupar: cocaína sem limites. Tommy conheceu esses estranhos personagens em Simi Valley que poderiam parar no Cherokee Studios, onde nós estávamos gravando o Shout at the Devil, e trazer um pouco de coca. Nós poderíamos ficar três dias direto fazendo música e nem pensávamos que estávamos trabalhando pesado. Vince colou figuras de revistas pornôs pela parede toda, e garotas jorravam dentro e fora do estúdio, sendo fodidas com microfones na sala de comando, garrafas na cozinha, e cabos de vassoura no closet porque nós estávamos sem idéias do que fazer com elas.

Ray Manzarek, o tecladista do The Doors, estava trabalhando na próxima porta, e ele parava quase todo dia, enxugava nossa bebida, e nos deixava altos e secos. Nós nunca fomos grandes fãs de The Doors, então isso nos deixou de saco cheio. Fora de propósito, nós não dissemos nada, mas nós sempre nos perguntávamos: se Ray era um puta de um demônio, quão ruim seria Jim Morrison?

Mais tarde, cocaína me fez ficar isolado e paranóico. Mas daí, tinha uma festa com drogas, alguma coisa mais divertida para colocar meu nariz para o alto de novo. Uma noite, Tommy, seu técnico de bateria Spidey, e eu estávamos ficando bêbados em um boteco na esquina do estúdio para tirar a ressaca que a cocaína estava nos dando. Dois tiras sentados próximos de nós começaram a ficar agressivos

fig.3


com a gente, fazendo comentários não originais como, “Belo cabelo, garotas.” Então depois do álcool fazer efeito e nós tomarmos alguns remédios para dor para sairmos de lá, fomos para fora até o seu carro. A janela estava abaixada, então nós nos enfileiramos, mijamos no banco e saímos correndo. Voltando para o estúdio, Tommy estava tão alto que jogou um tijolo na janela da sala de comando. Nós não sabíamos realmente o que estávamos fazendo ou como gravar um álbum profissional.

Na outra manhã, nós ainda estávamos no estúdio gravando “I Will Survive.” Tinha um gongo preso por uma corda sobre nossas cabeças e nós enrolávamos a corda o máximo que conseguíamos e soltávamos, assim a corda girava em círculos, produzindo um horripilante som. Enquanto isso girava, nós deitávamos de costas e tentávamos cantar “Jesus is Satan” atrasados, o que parecia “scrambled eggs and wine” (*ovos mexidos e vinho) ou alguma coisa assim. Nosso engenheiro nos abandonou nesse dia. Ele disse que todos nós éramos possuídos pelo Satã. E talvez nós fôssemos.

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