24 de jul. de 2010

(continuação 2) Capítulo 4 - Nikki

Eu corri até a parede e a escalei, completamente pelado. Assim que eu cai do outro lado, eu notei que as pedras tinham cortado meu peito e minhas pernas, quais estavam pingando sangue. Do lado de fora, duas garotas que não puderam entrar na festa estavam esperando em um ’68 Mustang. “Nikki!” elas berraram. Felizmente, eu sempre deixava minhas chaves no carro – eu ainda deixo. Eu pulei dentro do meu Porsche e acelerei para as colinas. O Mustang chiou e foi atrás de mim. Eu acelerei pra noventa, e olhei para trás pra ver se eu tinha despistado elas, e, assim que eu despistei, fui subitamente lançado para o painel. Eu tinha batido em um poste telefônico. Isso tava sentado próximo a mim no carro no dizimado banco do passageiro. Se alguém estivesse sentado ali, sua cabeça seria esmagada.

Eu sai do carro, em choque, e fiquei na frente da grande bagunça que foi o meu amor de verdade. Isso foi totalmente imprestável. As garotas que estavam me seguindo tinham ido embora, provavelmente mais assustadas do que eu. E eu estava sozinho – pelado, sangrando, e extremamente confuso. Eu tentei levantar meu braço para pegar uma carona, mas uma dor penetrante correu do meu cotovelo para o meu ombro. Eu andei para a Coldwater Canyon, onde um casal mais velho me pegou e, sem dizer nenhuma palavra sobre o fato de eu estar pelado, me levou para o hospital. Os médios colocaram meu ombro numa faixa – estava deslocado – e me mandaram para casa com um frasco cheio de pílulas para dor. Eu passei os outros três dias inconsciente, drogado com remédios para dor.

A não ser a Lita, ninguém sabia onde eu estava. Tudo o que a banda sabia era que o meu Porsche estava abandonado na metade do caminho, e eu estava em lugar nenhum para ser encontrado. Até esse dia, eu ainda me perguntava o quanto sentiam minha falta: ninguém nunca se preocupou em ligar em casa para ver se eu estava bem. A única coisa boa que veio com essa experiência foi que eu desenvolvi um amor por toda a vida por Percodan.

O carro batido, combinando com tudo mais assustador e perigoso que estava acontecendo com a gente, me trouxeram de volta a realidade e Lita me convenceu a terminar o meu flerte com o satanismo. Em vez disse, a heroína começou a me consumir, primeiro para matar a dor no meu ombro e depois para matar a dor da vida, que era a dor de não estar usando heroína. Vince tinha achado uma garota que nos mantinha. Ele trazia em um bloco marrom de alcatrão, uma folha de alumínio, e alguma coisa como um funil feito em casa com cartolina e fita.

Nós pegávamos um pouco da heroína, colocávamos isso na folha de alumínio, acendíamos um isqueiro embaixo, sugávamos a fumaça enquanto nós seguíamos a bola queimada embaixo da folha. Nós ficávamos drogados pra porra que nós apenas sentávamos no sofá e ficamos olhando um para o outro.

Logo, nós estávamos conseguindo heroína de ótima qualidade através de um baixista que tocava em uma banda punk local e eram bons amigos do Robbin Crosby do Ratt. Uma vez que dois deles nos ensinaram como usar agulhas, estava tudo acabado. A primeira vez que eu fiquei alto demais, eu desmaiei. Quando eu voltei, todo mundo estava rindo de mim porque eu estive deitado no meio do chão por quinze minutos. O vicio do Vince era mulheres e, com essas primeiras doses, eu aprendi que o meu era para serem as drogas para o resto da minha vida. Eu inventei speedballs sem ninguém ter que dizer para mim sobre elas. Uma tarde, eu me perguntei se usasse cocaína com heroína me impedia de desmaiar. Então eu fiz meu primeiro speedball, e eu não desmaiei. Eu, de qualquer forma, passava os quinze minutos normalmente consignados em perder os sentidos no chão do banheiro, vomitando tudo na privada e no chão. Mas eu não me importava de vomitar. Eu sempre era bom nisso.




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